quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Jean Piaget





Quem foi 
Um dos mais importantes pesquisadores de educação e  pedagogia, Jean Piaget nasceu na cidade de  Neuchâtel (Suíça) em 9/08/1896 e morreu em 17/9/1980. Especializou-se em psicologia evolutiva e também no estudo de epistemologia genética. Seus estudos sobre pedagogia revolucionaram a educação, pois derrubou várias visões e teorias tradicionais relacionadas à aprendizagem.
Foi morar na cidade de Zurique em 1918, onde trabalhou num laboratório de psicologia e estagiou numa clínica de psiquiatria. Estudo psicopatologia na Universidade de Sorbonne na França.

Pequisas 
Piaget fez pesquisas sobre as características do pensamento infantil com crianças francesas e também com deficientes mentais. No ano de 1921 escreveu suas primeiras teorias pedagógicas. Foi diretor do Instituto Jean-Jacques Rousseau na Suíça e lecionou  psicologia infantil na Universidade de Genebra.

Ideias 
As ideias de Piaget estão presentes em diversos colégios do mundo todo. Suas teorias buscam implantar nos espaços de aprendizagem uma metodologia inovadora que busca formar cidadãos criativos e críticos. De acordo com suas teorias, o professor não deve apenas ensinar, mas sim e antes de tudo, orientar os educandos no caminho da aprendizagem autônoma. 
Principais livros de Piaget :

- A Linguagem e o Pensamento na Criança (1923)
- O Juízo e o Raciocínio na Criança (1924).
Frases de Piaget 
- "O principal objetivo da educação é criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram."
- "As estruturas operatórias da inteligência não são inatas." 



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Burrhus Frederic Skinner

Skinner nasceu no dia 20 de Março de 1904 em Susquehanna, Pensilvânia, onde viveu até ir para o colégio. Segundo seu próprio relato, seu ambiente da infância era estável e não lhe faltou afeto. Ele frequentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós, carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha um estoque de tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa vez um bando de pombos numa apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de façanhas.


A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de Nova York. Ele escreveu:

“Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha cabeça… Num artigo que escrevi no final do meu ano de calouro, reclamei de que o colégio me obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu era um rebelde declarado”.

Condicionamento operante

O conceito-chave do pensamento de Skinner é o de condicionamento operante, que ele acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os dois conceitos estão essencialmente ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome.
A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo; e o segundo, o hábito gerado por uma ação do indivíduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No comportamento operante (de Skinner), o ambiente é modificado e produz consequências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante.
O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento – um processo que Skinner chamou de modelagem. O instrumento fundamental de modelagem é o reforço – a consequência de uma ação quando percebida por quem a pratica. Para o behaviorismo em geral, o reforço pode ser positivo (uma recompensa) ou negativo (ação que evita uma consequência indesejada). “No condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais frequente”, escreveu o cientista.


Sem livre-arbítrio

Segundo Skinner, a ciência psicológica — e também o senso comum — costumava, antes do aparecimento do behaviorismo, apelar para explicações baseadas nos estados subjetivos por causa da dificuldade de verificar as relações de condicionamento operante — ou seja, todas as circunstâncias que produzem e mantêm a maioria dos comportamentos dos seres humanos. Isso porque elas formam cadeias muito complexas, que desafiam as tentativas de análise se elas não forem baseadas em métodos rigorosos de isolamento de variáveis.
Nos usos que projetou para suas conclusões científicas — em especial na educação — Skinner pregou a eficiência do reforço positivo, sendo, em princípio, contrário a punições e esquemas repressivos. Ele escreveu um romance, Walden II, que projeta uma sociedade considerada por ele ideal, em que um amplo planejamento global, incumbido de aplicar os princípios do reforço e do condicionamento, garantiria uma ordem harmônica, pacífica e igualitária. Num de seus livros mais conhecidos, Além da Liberdade e da Dignidade, ele rejeitou noções como a do livre-arbítrio e defendeu que todo comportamento é determinado pelo ambiente, embora a relação do indivíduo com o meio seja de interação, e não passiva. Para Skinner, a cultura humana deveria rever conceitos como os que ele enuncia no título da obra.


Linha do Tempo

1904
Em 23 de março, Burrhus Frederic Skinner nasce, na cidade de Susquehanna, Pensilvânia, Estados Unidos.
1928
Inicia a pós-graduação em Psicologia, em Harvard
1936
Casa-se com Yvonne Blue
1936-1945
Leciona na Universidade de Minnesota.
1938
Publica o livro The Behavior of Organisms (O Comportamento dos Organismos)
1945-1947
Leciona na Universidade de Indiana.
1947
Skinner e sua família mudam-se para Cambridge
1948
Começa a lecionar em Harvard, onde trabalhou até o fim da vida.
1948
Publica o livro Walden Two, em que idealiza uma sociedade do futuro, organizada segundo os princípios comportamentais que ele defendia.
1953
Publica o livro Science and Human Behavior(Ciência e Comportamento Humano)
1957
Publica o livro Verbal Behavior (O Comportamento Verbal)
1957
Publica, com C. B. Ferster, o livro Schedules of Reinforcement.
1968
Publica o livro The Technology of Teaching (Tecnologia do Ensino)
1971
Publica o livro Beyond Freedom and Digntity (Além da Liberdade e da Dignidade), que se tornou um best-seller nos Estados Unidos.
1974
Publica o livro About Behaviorism (Sobre o Behaviorismo)
1976
Publica o livro Particulars of My Life: Part One of an Autobiography
1978
Publica o livro Reflections on Behaviorism and Society.
1979
Publica o livro The Shaping of a Behaviorist: Part Two of an Autobiography.
1983
Publica o livro A Matter of Consequences: Part Three of an Autobiography.
1983
Publica, com M. E. Vaughan, o livro Enjoy Old Age: A Program of Self-Management (Viva bem a velhice: Aprendendo a programar sua vida)
1987
Publica o livro Upon Further Reflection.
1989
Publica o livro Recent Issues in the Analysis of Behavior (Questões Recentes na Análise Comportamental)
1990
Em 18 de agosto morre, aos 86 anos, de leucemia.